__________. The Last Battle. The Chronicles of Narnia. New York: Harper Collins, 2002.
Eis que chegamos ao final das Crônicas de Nárnia. Segue então a resenha dos pontos principais destes últimos dois livros da série. Olha, só vou adiantar uma coisa: a leitura da "cadeira de prata" foi tensão. Não por causa do conteúdo, mas porque o livro está com a brochura solta! Ai, foi uma agonia só. E pensar que comprei toda a coleção nos EUA.
Ah! Isso talvez valha a pena registrar. Li as Crônicas todas em inglês, em edição fiel ao original, com as maravilhosas ilustrações de Pauline Bayes. Mas demorou 10 anos para completar essa coleção. Quando morei nos EUA, sempre que ia a sebos eu catava alguns destes livros. Voltei para o Brasil faltando dois da coleção. Pois agora em 2019, tendo ido novamente aos EUA, completei-a.
Chega de anedotas históricas, vamos à resenha mesmo.
A cadeira de prata
Olha, esse eu já vou começar falando que é sem sombra de dúvidas o livro mais fraco de toda a série. Veja bem, a gente só vai descobrir o que é a tal Cadeira de Prata lá no último 1/4 do livro (o que até me fez questionar se este título seria o mais adequado). Diante disso, a primeira parte soa quase como um desperdício. Além disso, os personagens não são tão envolventes. Enredo totalmente previsível. Sem plot twist.
Claro que isso não significa que o livro não tenha momentos bons. No primeiro encontro com Aslan, por exemplo, vemos incríveis alegorias para verdades teológicas maravilhosas, por exemplo: "You would not have called to me unless I had been calling to you", said the Lion. (p. 23). Isso sem contar a tônica no livro de seguir a Palavra dele, não importa as circunstâncias.
Apenas uma nota sobre a própria escrita em si e não o conteúdo. Vi algo que já tinha percebido em outro livro (que nem era de Lewis) me pergunto se estilístico: vários parágrafos de descrições longas e uma única fala de personagem no meio, geralmente algo bem simples "você ainda não viu nada" ou "quer leite para seu chá?".
Talvez seja algo que eu ainda precise aprender a dominar, tipo uma quebra em descrições, pra não ficar tão cansativo. Mas eu particularmente não sei se isso colabora tanto, fica muito solto e parece mais encher espaço do que levar a história pra frente. Não sei, coisas a se considerar para o futuro.
E, claro, apesar de totalmente previsível, o final é lindo. Lindo de fazer chorar, porque nos lembra que nossa pátria não está nessa Terra e que podemos ter uma esperança que vai além dela. Ah, aliás, enfim um Narniano pode ter um vislumbre da Terra! Que coisa, não?
Primeira coisa que quero destacar é que personagens são bem escritos não apenas quando nos identificamos com eles, mas quando os odiamos com profundo ódio. Odeio aquele maldito Macaco e o próprio Gato. A capacidade do autor em transmitir isso ao leitor foi deveras eficiente.
Este livro é cheio de reviravoltas e aventuras. Aliás, deve ser o mais recheado de ação. Nossa, e é cada plot twist que te deixa de olhos arregalados. Muitas surpresas acontecendo em poucas linhas. Aliás, percebi que Lewis não tem pena de escrever ações de grande importância com poucas palavras de maneira muito, muito direta.
Agora, passando para o conteúdo em si, quem não sente um arrepio quando lê a parte em que o Rei Tirian é jogado no estábulo? Quem de nós não esperou todos os sete livros por este momento? Aliás... quem não espera ainda por todas as coisas que estarão por vir?
É preciso deixar claro que o teor escatológico era evidente desde o começo, mas no fim, ficou bem explícito. Estou me segurando ao máximo pra não dar spoiler. Mas confesso que é muito, muito tentador. O final é absolutamente arrebatador, tem um pouco de bittersweet mas é, não obstante, magnífico. Teria muitas frases aqui pra citar, mas, pelo bem da resenha non-spoiler, vou trazer apenas uma:
Este livro é cheio de reviravoltas e aventuras. Aliás, deve ser o mais recheado de ação. Nossa, e é cada plot twist que te deixa de olhos arregalados. Muitas surpresas acontecendo em poucas linhas. Aliás, percebi que Lewis não tem pena de escrever ações de grande importância com poucas palavras de maneira muito, muito direta.
Agora, passando para o conteúdo em si, quem não sente um arrepio quando lê a parte em que o Rei Tirian é jogado no estábulo? Quem de nós não esperou todos os sete livros por este momento? Aliás... quem não espera ainda por todas as coisas que estarão por vir?
É preciso deixar claro que o teor escatológico era evidente desde o começo, mas no fim, ficou bem explícito. Estou me segurando ao máximo pra não dar spoiler. Mas confesso que é muito, muito tentador. O final é absolutamente arrebatador, tem um pouco de bittersweet mas é, não obstante, magnífico. Teria muitas frases aqui pra citar, mas, pelo bem da resenha non-spoiler, vou trazer apenas uma:
"The term is over: the holidays have begun. The dream is ended: this is the morning." (p. 228)
-------------
Não acredito que terminei de ler. Estou naquele sentimento de profunda alegria misturado com a saudade de ter deixado pra trás uma experiência inacreditável. Durante a leitura destes últimos dois, eu fiquei me questionando: porque Lewis acabou com uma série tão legal? Mas agora, depois de ler o último livro, meu Deus... nunca vi um final tão perfeito pra uma saga.
Ainda estou trêmulo em pensar em tudo que li. Que sonho foi acompanhar e viver cada uma dessas aventuras; que sonho foi sentir a emoção de encontrar aqueles personagens, meus amigos, no fim; que sonho foi pensar que um ser humano tivesse tamanha criatividade e capacidade pra criar essas histórias fantásticas.
Mas o que eu aguardo mesmo, assim como o fim de Nárnia, é pelo dia que o sonho acaba. E eu enfim estarei acordado.
0 comentários:
Postar um comentário