Senhora Delegada, Senhor Inspetor,
Era outubro de 44, digo, 1644, quando tive contato pela primeira vez com Dona Clotilde. Ela é um ser no mínimo... interessante. Viaja muito por aí num canhão (ela mesma se lança) e tem 58 anos de idade desde que a conheço. Foi casada com um amigo meu (senador Chururu da seção JXN do Senado Intergalático – o de tentáculos roxos, lembra?), e hoje resolveu aparecer aqui em casa. Enquanto escrevo estas linhas, ela está na sala comendo o reboco da parede. Pediu-me um pouco de sal. Verdade seja dita, Delegada, ela não é perigosa; mas reporto a aparição porque vou ficar mal falado na vizinhança. E, pra piorar, ainda estou pagando a reforma da casa. Droga, acabou o sal.
Era outubro de 44, digo, 1644, quando tive contato pela primeira vez com Dona Clotilde. Ela é um ser no mínimo... interessante. Viaja muito por aí num canhão (ela mesma se lança) e tem 58 anos de idade desde que a conheço. Foi casada com um amigo meu (senador Chururu da seção JXN do Senado Intergalático – o de tentáculos roxos, lembra?), e hoje resolveu aparecer aqui em casa. Enquanto escrevo estas linhas, ela está na sala comendo o reboco da parede. Pediu-me um pouco de sal. Verdade seja dita, Delegada, ela não é perigosa; mas reporto a aparição porque vou ficar mal falado na vizinhança. E, pra piorar, ainda estou pagando a reforma da casa. Droga, acabou o sal.
Publicado originalmente nos Relatórios de Criaturas Domésticas Extraordinárias da Mafagafo, em 30/03/2020.
Crédito da imagem: https://www.instagram.com/carp_point_angeln/
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