sábado, 1 de novembro de 2025

Crônicas do cotidiano — XVII

AEROPORTOS - I

Depois de uma noite de sono muito mal dormida, mas estando estranhamente descansado e disposto, resolvi que seria interessante registrar algumas impressões das muitas viagens em que me meto. Aeroportos me são cansativos, então por que não falar deles.

Primeiro, é que muito me causa espécie (velho Ministro Barroso) como um embarque internacional pode ser tão ruim num aeroporto. Naturalmente me refiro a Manaus. 

É um espanto da natureza que na segurança haja apenas UM guichê para receber todos os 300 passageiros que vão embarcar. É evidente que vai se formar uma fila monstra e as pessoas vão ficar impacientes (ainda tem o lance também de que o brasileiro de modo geral não conhece as regras de viagens internacionais -- o que atrasa ainda mais o meio de de campo). 

Além disso, queria entender por que se faz tanto concurso público pra Polícia Federal e quando chego lá só tem UM guichê na imigração aberto. Verdade seja dita, havia cinco guichês, mas só um funcionando. Faz uns três anos que passo por esse embarque internacional umas duas a três vezes por ano e nunca tem mais que um guichê. Novamente, é evidente que vai se formar uma fila monstra e atrasar o embarque de todo mundo. 

Fico me questionando se isso é um reflexo de Manaus ou do Brasil de modo geral. O descaso assusta um pouco, especialmente quando percebemos que o povo se acostuma com ele. É meio absurdo, mas o que para uns é um espanto da natureza, para outros é só mais um dia no aeroporto.

Em suma, cheguei no Aeroporto à uma da manhã e quando fui embarcar já estava na última chamada — às 3h da manhã. Eu hein, meu povo. Já não bastasse esse horário maldito de voo, ainda se tem que lidar com a incompetência generalizada. 

É triste, é triste.

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