domingo, 4 de dezembro de 2022

Resenha – The Hunter and the Valley of Death

McPHERSON, Brennan. The Hunter and the Valley of Death. Sparta: McPherson Publishing, 2018.


Então. Aqui estamos nós com mais um livro de ficção cristã de Brennan McPherson. Finalizei a leitura da série "The Fall of Men", resenhando todos eles (em ordem de publicação: Cain, Adam, Flood, Babel, Eden, e Abram), e agora foi a vez de ver o último livro que faltava dentre todos os que ele já publicou. Vamos à resenha.

Este livro tem uma pegada diferente da série anterior apenas no sentido de que não trata de gente que realmente existiu. Enquanto em "The Fall of Men" o autor mistura fantasia com ficção bíblica (e o faz muito bem), dessa vez ele mistura fantasia com ficção cristã. 

A história é de um Caçador, que, para salvar seu Amor, desce até o Vale da Morte, onde ele tem um único objetivo: matar a Morte, antes que ela o alcance. 

O livro é boa ficção cristã, com uma abordagem que lembra muito os simbolismos que Lewis fez em Nárnia. Cada personagem tem um significado, há várias referências explícitas ou veladas a diferentes textos ou expressões bíblicas. 

Pra mim o livro tem boas sacadas, utilizando conceitos e trabalhando o desenvolvimento da história pra fortalecer estes conceitos. Porém pra mim ele peca pelo excesso de descrição e até de narração. Mesmo nos momentos que deveriam ser clímax, o autor opta por simplesmente narrar o fato. 

Eu posso dar uma colher de chá porque o gênero fantasia é um gênero muito descritivo. Quando se fala de uma cidade de elfos no meio da floresta mágica... como você vai criar referências para o leitor se não descrever essa cidade minimamente? Mas pra mim o autor precisava ter feito isso com alternância, aos poucos, em vez de encher vários parágrafos com muitas informações pro leitor. Informações essa, diga-se de passagem, que nem sempre eram relevantes.

Além disso, pra mim final foi um pouco decepcionante: o cara faz tudo errado e ainda consegue o que quer. A jornada dele não me pareceu completa, as mudanças soam muito superficiais. O personagem mais fala que mudou, do que de fato demonstra que mudou. Do meu ponto de vista as mudanças ocorrem apenas no epílogo, ou seja, depois que a história já até acabou.

Não obstante, ratifico quando disse que é boa ficção cristã, porque o autor claramente conhece suas referências e sabe do que está falando. Se eu não curti muito o desenvolvimento das premissas que o livro tinha para oferecer, bem, aí são outros quinhentos. No fundo acho que é um livro que vale a pena para introduzir pessoas a uma boa literatura cristã.

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