terça-feira, 13 de junho de 2023

Resenha — The Legend of Sleepy Hollow and Rip Van Winkle

IRVING, Washington. The Legend of Sleepy Hollow and Rip Van Winkle. New York: Baronet Books, 2002.


Esse é um daqueles livros que dá gosto de pegar mesmo sem ter lido a história. Capa dura, todo muito bem ilustrado, diagramação perfeita, letras grandes (próprio para o público infantojuvenil) e histórias muito boas de um clássico autor americano. O melhor de tudo, pelo menos para mim, foi o fato de que comprei essa lindeza por apenas 2 dólares.

Comprei esse livro porque queria ler autores clássicos dos EUA e Washington Irving é um perfeito exemplo disso. Ele foi o primeiro no pós-indendência dos Estados Unidos (1780s) a escrever literatura propriamente estadounidense. Antes dele, as pessoas tinham que recorrer a autores ingleses para ter boa literatura. Então dá pra entender porque ele é um clássico americano de fato.

Este livro é composto por três contos, sendo pelo menos um deles bem conhecido: a lenda do Cavaleiro sem Cabeça, que nos traz esse personagem maligno que eu conheci a primeira vez em desenhos animados na década de 1990 (e olha que estamos falando de algo criado duzentos anos antes). É também neste conto que apareceu essa citação aqui que achei muito boa:
Until one day his path was crossed by a being who has caused more trouble for mortal men than all the ghosts, goblins and witches put together—a woman. (p. 28)
Os contos me parecem ter uma pegada infantojuvenil, com personagens até meio caricatos, sem muito desenvolvimento deles. Mas também estamos falando de outra época, então eu não saberia dizer ao certo se essa é apenas minha interpretação anacrônica de uma literatura de outro tempo.

De qualquer forma, a narrativa é muito agradável de ler, as histórias são bem construídas e, o mais interessante, elas de fato dão um pouquinho de medo mesmo. O autor não tem pena de deixar claro que seus contos não são de fadas, especialmente quando vemos o final de alguns, que terminam de modo bem mais sinistro do que se esperaria de algo escrito para um público mais jovem.

Novamente ressalto que essa edição é muito boa porque também é ilustrada, o que dá um prazer diferente pra leitura. Honestamente, deve ser o primeiro livro ilustrado que pego em décadas. Esse é daqueles pra dar pra criança e, depois de um tempo ouvir ela reclamar quando ganhar outro: "Mas não tem figura?!"

Fico muito contente de ter adquirido esse livro por um valor tão irrisório, mas com um conteúdo tão bom. Certamente um livro que ficará na minha estante e, quem sabe, possa ser algo que eu leia para meus filhos ou os faça ter um incentivo a mais para ler. Clássicos sendo clássicos.

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