domingo, 3 de março de 2024

Re-resenha — Jogador nº 1

CLINE, Ernest. Jogador número 1. Rio de Janeiro: LeYa, 2018.


Esta é oficialmente a primeira releitura registrada nesse blog (daí o nome "re-resenha"). Em Março de 2019 eu li este livro e até fiz uma resenha dele (disponível aqui); mas a magia aconteceu. A magia da minha amnésia aconteceu. Eu simplesmente não lembrava mais muito bem da história. Eu adoro quando isso acontece. É como se fosse minha capacidade mágica de reviver histórias de novo, quase como se fosse a primeira vez.

Eu certamente lembrava de boa parte da história. De como Wade Watts participava da corrida pelo controle do OASIS, o famoso jogo de Halliday. Mas havia muitos, muitos, detalhes dos quais eu não lembrava. Não foram poucos os momentos no livro que me peguei "Eita!" ou então "Meu Deus! E agora?", como se nunca tivesse visto aquilo antes.

Sobre a narrativa, a sequência de fatos é muito eletrizante. Tal como num videogame de verdade, me vi de tal forma envolto pela narrativa que li por mais de 1h sem ver o tempo passar. Eu lembrava que o livro perdia um pouco de fòlego no segundo ato, mas retoma com um final sensacional. Algumas vezes o roteiro dá umas forçadas, mas estamos tão envolvidos na história que não ligamos. São aquelas conveniências que perdoamos e até gostamos.

Cito algo que mencionei na primeira resenha, onde lembro que há um blurb do USA Today que diz que o livro é quando: "Willy Wonka se encontra com Matrix". Ainda hoje, cinco anos depois, a descrição é perfeita.

Aliás, muito interessante isso de revisitar minha primeira resenha, porque me encanta ver que me deparei com percepções muito parecidas com o Gabriel do passado, como pensamos de modo tão parecido, por exemplo com a nossa constante pulga atrás da orelha toda vez que Cline usa o número 42.

Pensando nos dias contemporâneos, acho que o que é mais refrescante da leitura de Jogador nº 1 é ver uma narrativa sem bandeiras, mas focada em contar uma boa história. E, putz, que boa história.

Revisitei esse livro porque adquiri recentemente a continuação dele, Jogador nº 2, e queria relembrar dos detalhes da história. Desejem-me sorte, espero que o livro seja tão bom quanto o primeiro e eu possa voltar daqui a poucos dias para dizer exatamente isso. Desejem-me sorte.

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