Dessa vez coisa mais simples. Apaguei tão forte que não lembro de quase nada, só me contaram as histórias depois. Eu acordando grogue e perguntando da enfermeira:
— Onde eu tô?
— Na sala de espera.
— Teve alguma intercorrência?
— Não, tudo normal.
— Meu nariz ainda tá bom?
Ela ri. Me puxam na maca por corredores que eu não consigo discernir, são só luzes e paredes brancas. Me colocam no elevador, minha esposa nos acompanha. Disseram que eu fiquei perguntando toda hora "como posso ajudar? Tem alguma recomendação?"
Chego no quarto e eles posicionam a maca do lado da cama. Não consigo entender bem, mas estão tentando me carregar. Ouço vozes.
— Assim não vai dar, tem que vir pelo outro lado, ele é muito pesado.
— Ei... — respondi, ainda grogue. — Estão me chamando de gordo!
Eles riem, me colocam em outra posição. Meio louco como estou, consigo sentir quatro pessoas agarrando lençol debaixo de mim e contando "1, 2, 3!". Eles me levantam e me arrastam para a cama, tudo de uma vez só. Eu disse:
— Eita, vocês são fortes!
Todos eles riem.
No mais, nada demais. Recuperação simples, um pós-operatório surpreendemente sem dor, só o desconforto do congestionamento nasal. Fica aqui meu agradecimento ao Dr Antenor Rodrigues e ao pessoal do Hospital Família Lotty Íris pelo atendimento ímpar! Da tia da limpeza, às enfermeiras, às nutricionistas, às psicólogas e assistentes sociais, ao pessoal da administração, todos extremamente solícitos, educados e procurando facilitar a nossa vida. Nos viam como pessoas antes de pacientes, muito obrigado mesmo.
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